Sermão pregado na 3ª IPB de Altamira-PA, Em 13 de agosto de 2023. Ary Queiroz Jr.
Introdução
O nosso texto narra um dos episódios mais impressionantes do Antigo Testamento, senão de toda a Bíblia. Há uma tensão emocional e um suspense que quase saltam das páginas, capazes de aterrorizar o leitor de primeira viagem. Além disso, o significado teológico da passagem está mesmo no coração da Escritura.
Abraão, agora com mais de cem anos, pensou que já havia vivido todas as emoções possíveis e que já tinha ultrapassado tudo que há de mais complexo na vida.
Ele foi retirado da terra natal para viver como exilado na terra que Deus haveria de dar à sua descendência. Nessas tantas peregrinações, ele precisou se refugiar no Egito por conta da fome (Gn 12.10), onde sua mulher lhe foi tirada pela primeira vez (Gn 12.14,15). Em seguida, separou-se do sobrinho Ló e ainda precisou se envolver em uma batalha sangrenta para recuperá-lo (Gn 13.11; 14.12-16). Após décadas sem ver o cumprimento da promessa com a chegada de um herdeiro, Abraão novamente se viu privado da mulher quando peregrinou em Gerar (Gn 20.2). Como se bastasse, quando Isaque, o filho da promessa, nasceu, o velho pai sofreu a dor de deserdar Ismael.
“Pronto”, pensou o patriarca, “já vivi tudo, já sofri tudo, já experimentei todas as tensões que um vivente suportaria”. Ledo engano!
Finalmente, estava Abraão com Isaque, desfrutando talvez de uma tranquilidade jamais sentida antes. Aqueles eram tempos de paz, quando tudo levava a crer que dúvidas, incertezas, perdas e tristezas eram coisas passadas. Então o escritor começa sua história com a expressão “Depois dessas coisas…” para introduzir o episódio do teste último e mais severo a que Abraão foi submetido. É sobre ele que vamos pensar novamente.
- O chamado para o teste – em que consistiu a provação.
Moisés já comunica que “pôs Deus Abraão à prova” (v. 1), isto é, que o propósito divino divisava fazer uma demonstração completa e irrefutável da fé do patriarca.
Deus disse, chamando a atenção do patriarca: “Abraão!”. Abraão não teve nenhuma dúvida sobre quem o chamava, por isso é que respondeu prontamente: “Eis-me aqui” (v. 1b).
Esse dado é importante porque a prova envolveu tantas contradições em relação a tudo quanto Abraão sabia sobre Deus e Sua vontade que, não tivesse sob a mais plena convicção a respeito de quem falava com ele, teria sido mais provável que confundisse a voz de Deus com as sugestões de Satanás.
Mas, de fato, Abraão sabia quem o havia buscado, tanto que já se disponibilizou à plena obediência antes mesmo de saber o que tinha de cumprir – “Eis-me aqui”. É evidente que nós já sabemos de plano que Deus estava testando a fé de Abraão. No entanto, a pronta disposição de obediência do patriarca se voluntariou antes de ele saber o que lhe seria exigido e por qual motivo. Com efeito, nisso reside a verdadeira essência da submissão, conforme Calvino: “quando estamos prontos para agir, antes mesmo que a vontade de Deus nos seja conhecida”.
Agora, sim, vem a ordem: o chamado é para Abraão matar seu filho Isaque em holocausto em um dos montes da terra de Moriá (v. 2). Só que a mensagem foi transmitida com ênfases que pretenderam testar além do imaginável o coração do velho pai. Vejamos:
a) “Toma teu filho, teu único filho, Isaque, a quem amas”. Deus lembrou a Abraão o fato de que ele havia deserdado Ismael e que a sua única fonte de alento era Isaque – “teu filho, teu único filho, Isaque”. Mas, não só.
b) Não é apenas que Isaque morreria, mas que Abraão o mataria com suas próprias mãos: “oferece-o ali em holocausto”. E mais.
c) Abraão não poderia fazê-lo imediatamente, porque ainda haveria de percorrer uma jornada de longos três dias, até o lugar determinado por Deus: “vai-te à terra de Moriá; oferece-o ali em holocausto, sobre um dos montes, que eu te mostrarei”. Somente ao terceiro dia Abraão viu o lugar (v. 4).
Aquela foi uma ordem terrivelmente real e emocionalmente perturbadora!
Além disso, aquela ordem também foi desnorteadora do ponto de vista teológico, da perspectiva da promessa salvadora de Deus. O mandamento divino tanto devastou o patriarca emocionalmente como lhe poderia ter soado um verdadeiro abandono divino da salvação dos eleitos.
Explique-se. Deus havia prometido a Abraão que faria dele uma benção para todas as famílias da terra: “em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gn 12.3). Disse a Abraão que a benção a toda terra não viria por meio de um dos servos da sua casa: “Não será esse o herdeiro; mas aquele que será gerado de ti será o teu herdeiro” (Gn 15.3,4).
Tampouco a bênção viria a toda terra por meio de Ismael (Gn 17.18,19), mas por Isaque: “A minha aliança, porém, estabelecê-la-ei com Isaque, o qual Sara te dará à luz, neste mesmo tempo, daqui a um ano” (Gn 17.21). No momento em que foi ordenado a deserdar Ismael, Deus reafirmou que a promessa seria levada a termo por meio de Isaque: “porque por Isaque será chamada a tua descendência” (Gn 21.12).
Então, percebamos o que quero enfatizar: a ordem é, sim, dilacerante do ponto de vista emocional. Ali havia um pai real, chamado a sacrificar com as próprias mãos, após uma longa viagem, um filho real. E esse não é um relato mítico, nem a sugestão de Satanás, é a ordem de Deus.
Mas, além disso, as coisas se afiguraram a Abraão com tons muito mais sombrios, porque Isaque era o único penhor divino de que Deus faria do patriarca uma benção a todas as nações.
Em outras palavras, como Isaque era o penhor da promessa, sem ele nada mais existiria, tudo naufragaria, não haveria mais esperança de salvação, nem motivo algum para a fé do pai da fé. Aquela ordem, devidamente considerada, significava o abandono divino cabal do seu povo eleito.
- A pronta e incondicional obediência.
Pois bem, recebido o mandamento, aquela noite do patriarca não pode ter sido fácil. Seus pensamentos devem ter vagado por lugares tenebrosos e muitas cogitações horrendas podem ter ocupado sua mente. Calvino afirmou que “não há dúvida de que Satanás, durante as trevas da noite, amontoaria sobre ele [Abraão] uma imensa quantidade de preocupações… Outros homens, prostrados diante de uma mensagem tão medonha e terrível, teriam desfalecido…”.
Mas foi em meio a um turbilhão de emoções que o patriarca se levantou ainda de madrugada, fez os preparativos e saiu em viagem com dois servos e Isaque. O versículo 3 ainda diz que Abraão partiu “para o lugar que Deus lhe havia indicado”, dando a entender que o patriarca havia recebido durante a noite uma revelação quanto ao local exato onde o holocausto deveria ocorrer. Isso explica o versículo 4, quando se diz que Abraão, erguendo os olhos, “viu o lugar de longe” – era o lugar que Deus lhe havia mostrado em visão naquela noite.
Observemos que Abraão fez tudo com uma mente sóbria e equilibrada, mas que não há traços de psicopatia. As marcas que costumam acompanhar o psicopata são a falta de empatia ou compaixão, a mentira e a manipulação para obtenção de ganhos pessoais e a agressividade.
Abraão não estava nem sobressaltado, nem desesperado, nem parece mais surpreendido a cada passo que dá, mas também, por outro lado, não age com indiferença ou apatia. Lembremos que a ordem foi para o sacrifício do “teu filho, teu único filho, Isaque, a quem amas”. Uma prova requerida nesses termos demonstra a sensibilidade da pessoa provada.
E nesse ponto a firmeza da sua mente se revela de maneira extraordinária. Ele disse aos servos que ficassem onde estavam – “Esperai aqui, com o jumento” (v. 5a). Naturalmente, ele não aceitaria nenhum tipo de interferência porque aquele não era um caso típico de interdição judicial de um idoso que já não discernia as coisas. Além disso, Abraão já adiantou que iria adorar com Isaque e que ambos voltariam: “eu e o rapaz iremos até lá e, havendo adorado, voltaremos para junto de vós” (v. 5b).
Saíram, pois, somente Abraão e Isaque, de posse da lenha, do fogo e do cutelo (v. 6). Não bastassem todos os sofrimentos já envolvidos, e como um golpe final no coração já suficientemente atormentado do velho pai, Isaque perguntou a Abraão onde estava o cordeiro para o holocausto (v. 7), ouvindo do patriarca uma resposta que se tornou toda suficiente para ambos: “Deus proverá para si, meu filho, o cordeiro para o holocausto; e seguiam ambos juntos” (v. 8).
A partir daí se observa tanto a constância de Abraão como a submissão de Isaque: “Chegaram ao lugar que Deus lhe havia designado; ali edificou Abraão um altar, sobre ele dispôs a lenha, amarrou Isaque, seu filho, e o deitou no altar, em cima da lenha” (v. 9).
Calvino comenta que não há no texto sinais de resistência por parte de Isaque e afirma que a única explicação para essa submissão seria o fato de que, a essa altura, embora Moisés tenha omitido a informação, Isaque já conhecia a ordem que Deus havia dado a Abraão.
- A provisão de um cordeiro e a ratificação da promessa.
Tudo pronto. Abraão ergueu a mão para imolar Isaque (v. 10), após vencer todas as tentações interiores, quando, naquele oportuníssimo momento, a voz da graça de Deus o interrompeu: “Mas do céu lhe bradou o Anjo do Senhor: Abraão! Abraão! Ele respondeu: Eis-me aqui!” (v. 11). A prova da fé de Abraão havia se completado!
É evidente que a expressão “agora sei que temes a Deus” (v. 12) não significa que Deus finalmente havia descoberto a genuinidade ou profundidade da fé do patriarca, mas que aquela fé já conhecida agora havia sido demonstrada na prática, como a dizer: “agora sei que temes a Deus pela experiência da vida, pela demonstração prática dela”.
Foi naquele momento que Abraão percebeu que havia atrás de si um carneiro, que foi oferecido “em lugar” de Isaque (v. 13). É evidente que a aparição do carneiro naquele lugar e naquele momento foi um milagre, não importando se Deus fez o carneiro para aquela circunstância ou se o transportou de outro lugar. O que importa aqui é a evidente providência direta e imediata quanto à aparição do carneiro no momento oportuno.
Por conta dessa provisão extraordinária Abraão denominou aquele lugar de “O Senhor proverá” (v. 14), uma espécie de memorial a significar que o patriarca reconheceu que a providência secreta de Deus determina o que é melhor para nós.
Na sequência, Deus fala a Abraão outra vez (v. 15-18). Esse texto traz a última mensagem de Deus a Abraão descrita em Gênesis, momento em que Deus ratificou a promessa, fazendo-o com juramento.
Nem se pode dizer que a promessa da graça foi uma recompensa do mérito da fé do patriarca, porque a promessa já havia sido feita antes que Isaque nascesse. Ela agora está simplesmente sendo confirmada.
E quando Deus trata os benefícios da sua graça como recompensa por nossos feitos, o faz com o propósito de nos estimular a mais obediência, como a dizer-nos que nenhuma submissão amorosa a ele é vã.
Qual seria a explicação da fé do patriarca?
A questão que se impõe é a seguinte: o que explica a fé de Abraão? Isso é muito importante porque os verdadeiros filhos prometidos a Abraão são os crentes, conforme Paulo: “Sabei, pois, que os da fé é que são filhos de Abraão” (Gl 3.7). Se entendermos como Abraão resistiu a tão terríveis e reais provações, mantendo intocável sua submissão amorosa a Deus, certamente estaremos no caminho daquilo que explica e fundamenta o nosso próprio comportamento fiel na hora das nossas próprias provações.
Em primeiro lugar, Abraão, em tudo isso, não via a Deus como um adversário, como alguém que estava contra ele e predisposto para lhe fazer mal.
Abraão já possuía relacionamento antigo com o Deus que o havia guiado, protegido e orientado por décadas. Mais de um milênio depois de Abraão, Deus se referiu a Abraão por meio do profeta Isaías como “meu amigo”: “Mas tu, ó Israel, servo meu, tu, Jacó, a quem elegi, descendente de Abraão, meu amigo” (Is 41.8).
Em oração, o rei Josafá disse: “Porventura, ó nosso Deus, não lançaste fora os moradores desta terra de diante de teu povo de Israel e não a deste para sempre à posteridade de Abraão, teu amigo?” (2Cr 20.7). Tiago também lembra que Abraão “foi chamado amigo de Deus” (Tg 2.23).
Enfim, Abraão já havia se relacionado com o Deus de toda a graça suficientemente para não poder concluir que, de repente, Deus havia se tornado seu inimigo e se voltado contra ele. “Seja lá o que Deus deseja com essa dura providência”, pensou o patriarca, “certamente não é porque tenha repentinamente se predisposto a me fazer mal”.
Essa compreensão que esteve na mente do Abraão também guardou a fé de todo o povo de Deus, antes e depois dele, como também nos protege da apostasia e da blasfêmia ainda hoje. O patriarca Jó, quando no lugar mais sombrio da existência, nem ali ousou atribuir a Deus alguma falta, nem pecar com os lábios, diz o escritor (Jó 1.22; 2.10).
Essa fé inabalável no fato de que Deus nos reconciliou consigo em Cristo também nos força a concluir que todas as coisas cooperam conjuntamente para o bem daqueles que amam a Deus. É preciso conhecer a Deus!
Em segundo lugar, Abraão, em tudo isso, tanto conhecia as promessas de Deus referentes a ele como a importância de Isaque para o livre curso e execução de tais promessas. Com isso desejo pontuar a importância de conhecermos os planos de Deus revelados nas Escrituras para enfrentarmos as provações da nossa fé. Dizendo de outro modo, é preciso conhecer a teologia bíblica, as doutrinas bíblicas.
No caso de Abraão, Isaque não era apenas o filho amado de Abraão. Isaque era o filho da promessa de Deus, em quem e por meio de quem o Filho eterno de Deus viria para redimir o povo eleito. E Abraão sabia disso.
Em certo sentido, naquele momento da revelação bíblica, Isaque era a confirmação da promessa, sem o qual não haveria promessa alguma. E Abraão sabia que não seria possível que Deus tivesse mentido quanto à promessa, nem tampouco abandonado o caminho pelo qual levaria a bom termo seus planos redentores, que certamente incluíam o filho da promessa.
Dizendo de outro modo, a promessa “porque por Isaque será chamada a tua descendência” (Gn 21.12) era a certeza que Abraão possuía que, sem Isaque, não haveria esperança para a salvação nem dele, do patriarca, nem, por razão mais evidente, o patriarca se tornaria uma benção para todas as nações.
Aquela, pois, era a Palavra infalível do Deus fiel, que não pode mentir, que jamais abandonaria os seus eleitos de todos os tempos e que cumpriria todas as promessas relativas à salvação deles. Após o teste de Abraão a promessa foi apenas ratificada, e com juramento, como veremos (Hb 6.13).
Isso também é verdadeiro quanto a nós. Se a providência se torna dura demais e deveras incompreensível, a certeza de que Deus não desistirá da boa obra que começou nos guardará nos piores momentos da vida. Eis, pois, a importância de conhecer a teologia bíblica, as grandes doutrinas da Bíblia, as promessas de Deus em Jesus Cristo, para que, quando a provação da nossa fé vier não nos encontre enredados com falsas promessas.
Em terceiro lugar, Abraão, quando permaneceu inabalável, certamente considerou o poder onipotente de Deus, porque ele sabia que Deus é poderoso para inclusive fazer com que Isaque ressurgisse das cinzas. Abraão simplesmente não aceitaria que tudo estivesse perdido ou que chegaria um ponto em que nem Deus poderia fazer alguma coisa.
Foi com essa certeza que ele se dispôs a se submeter ao mandamento: ele confiou que Deus é poderoso para manter sua promessa, ainda que isso significasse uma ressurreição de Isaque. “Pela fé, Abraão, quando posto à prova, ofereceu Isaque; estava mesmo para sacrificar o seu unigênito aquele que acolheu alegremente as promessas, a quem se tinha dito: Em Isaque será chamada a tua descendência; porque considerou que Deus era poderoso até para ressuscitá-lo dentre os mortos, de onde também, figuradamente, o recobrou” (Hb 11.17-19).
Em meio ao desespero, quando todos os meios fracassam, as únicas atitudes que podem nos suster é a ciência de que Deus está no controle de todas as coisas. Esse conhecimento resulta na entrega confiante de todos os caminhos às suas mãos e na certeza de que, porque ele está no comando, ele nos descortinará escapes improváveis, até então imperceptíveis e imprevisíveis, ainda que nos pareça tardios. Foi nesse sentido a resposta de Abraão a Isaque: “Deus proverá para si, meu filho, o cordeiro para o holocausto”.
Conclusão
A nossa conclusão é que a passagem, tão marcante e decisiva para a revelação bíblica, deve ser analisada em todos os seus aspectos.
Primeiro, deve-se observar seus tons realisticamente emocionais e cheios de tensão. Há uma ordem cruel a um pai para sacrificar o único filho, a dor solitária do patriarca, o doloroso processo de preparação, viagem, arrumação do holocausto e amarração de Isaque. Tudo aquilo era muito real, inclusive o triunfo crescente da fé do patriarca sobre o pânico até que a mão se levantasse para imolar Isaque e um substituto fosse provido.
Nesse sentido, Deus não nos tem provado tão severamente como fez com Abraão, mas a história é uma advertência geral ao povo de Deus no sentido de que nos submetamos à sua vontade e aguardemos por sua providência, e que o façamos não meramente por um impulso passageiro, mas perseverantemente.
Segundo, devemos, por outro lado, ter em mente que Isaque não era qualquer filho, nem a provação de Abraão qualquer provação. A cena toda é um maravilhoso retrato do amor sacrificial de Deus. Os personagens e os acontecimentos são a mensagem de Deus para a reconciliação do homem com Ele.
Abraão entregou o único filho como sacrifício assim como o Pai não pouparia o seu Unigênito, o seu próprio Filho. “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16). “Aquele que não poupou o seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura, não nos dará graciosamente com ele todas as coisas?” (Rm 8.32).
Além disso, não esqueçamos, Isaque era aquele em quem a pessoa do Mediador foi prometida, sendo ele mesmo um tipo de Cristo, que se deixou levar voluntariamente por Seu Pai à execução da cruz. “Pai… não se faça a minha vontade, e sim a tua” (Lc 22.42).
Ademais, aquele carneiro milagrosamente providenciado para substituir Isaque era certamente um tipo do Cristo que substituiu em sua morte aqueles que por sua morte veio salvar. “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar (porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro), para que a bênção de Abraão chegasse aos gentios, em Jesus Cristo, a fim de que recebêssemos, pela fé, o Espírito prometido” (Gl 3.13,14).
Soli Deo Gloria!