Já falamos sobre o Estado Intermediário (a condição das almas entre a morte e a ressurreição dos corpos) e já defendemos que o milênio deve ser interpretado espiritualmente, sendo correspondente à presente era, de franca expansão missionária e da pregação do evangelho para testemunho a todas as nações. “Então virá o fim”, quando os sinais que guardam relação de proximidade com a Segunda Vinda se mostrarão mais evidentes como nunca antes na História: a grande tribulação, a apostasia final e a revelação do Anticristo.
A Segunda Vinda
Com efeito, a Segunda Vinda do Senhor Jesus foi predita no Antigo Testamento através da expressão “dia do Senhor”, que era compreendida tanto como um dia de redenção e de muita alegria para os justos como de sofrimento e angústia para os infieis (Ml 4.1-5; Sf 1.7-2.3). No Novo Testamento, a Segunda Vinda do Senhor é predita com expressões correspondentes, tais como “aquele dia” (Mt 24.36), “último dia” (Jo 12.48), “Dia de nosso Senhor Jesus Cristo” (1Co 1.7, 8), “Dia do Senhor” (1Ts 5.2) e “Dia de Cristo Jesus” (Fp 1:6).
O ensino neotestamentário é que a vinda do Senhor é certa, razão pela qual estamos “aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus” (Tt 2.13). “Esperança” é a expectação confiante de quem anela ardentemente por algo que não decepcionará, isto é, a certeza do que se espera.
A vinda do Senhor será gloriosa (2Ts 1.7, 8), física e visível. Nesse sentido, os discípulos que acompanharam atentamente a ascensão do Senhor foram avisados que Ele voltaria do modo como foi visto subir (At 1.9-11). Quanto ao dia e hora da Segunda Vinda, não podem ser precisados (Mt 24.36; At 1.7; 1Ts 5.1,2), porque a vinda do Senhor será súbita. Por outro lado, sabe-se que nosso Senhor não voltará sem que o evangelho seja proclamado em todo o mundo (Mt 24.14) e sem que o “homem da iniquidade” tenha se manifestado (2Ts 2.1-3), evento relacionado com a apostasia final e a grande perseguição que há de vir sobre a Igreja (Mt 24.21,22; Lc 18.8; 2Ts 2.3).
Finalmente, a vinda do Senhor será inconfundível (Mt 24.29-31; Ap 1.7) e introduzirá uma série de eventos, quais sejam: primeiro, os mortos ressuscitarão com seus corpos, tanto os condenados como os redimidos (Jo 5.28, 29; 6.39, 40, 44; At 24.15); segundo, os redimidos serão transformados à semelhança da humanidade do Senhor (2Co 15.51-57; 1Ts 4.13-18; 1Jo 3.2); terceiro, todos comparecerão perante o Tribunal de Cristo para serem julgados (At 17.31; 2Co 5.10; 2Tm 4.1; 1Pe 4.5; Ap 20.11-15); quarto, Satanás e seu séquito, como também os condenados, serão definitivamente encerrados na condenação eterna (Ap 20.10) e; quinto, a criação será gloriosamente renovada em Novos Céus e Nova Terra (Rm 8.20,21; Ap 21.1; 2Pe 3.13).
Portanto, com o advento da Parousia, acontecerão a ressurreição dos mortos, o arrebatamento da Igreja, a destruição e a recriação deste mundo e o juízo final, seguidos pelo Estado Eterno, com os crentes, em corpos glorificados, habitando Novos Céus e Nova Terra.
A ressurreição dos crentes
A ressurreição dos corpos será uma obra proeminentemente realizada pelo Espírito Santo (Rm 8.11) e concederá aos crentes um corpo glorioso, semelhante ao corpo ressurreto do Senhor Jesus (Fp 3.20, 21). O tratamento mais completo acerca da ressurreição dos corpos é o que encontramos em 1Coríntios 15.35-55. Nesse texto, Paulo ensina a absoluta necessidade de corpos adequados para recebermos a herança que nos está reservada (v. 50), tanto que os crentes que estiverem mortos terão que ressuscitar em corpo e os crentes que estiverem vivos deverão ser transformados (vs. 51-55).
Aprendemos igualmente com a citada passagem que na ressurreição dos corpos haverá continuidades e descontinuidades em relação ao que somos e o que temos hoje. Por um lado, a própria linguagem de uma ressurreição, de uma semente (vs. 36-38) e de uma semeadura (vs. 42-44) nos remete à ideia de continuidade, razão pela qual devemos concluir que seremos nós, quem somos hoje, com o que temos, inclusive autoconsciência e memória, que ou ressuscitaremos ou seremos transformados. Por outro, sabemos também que haverá descontinuidades, a exemplo da cessação de casamentos (Mt 22.30) e, conforme sugere Hoekema, das funções digestivas (1Co 6.13).
O juízo final: Ap 20.11-15
A cena de os mortos “postos em pé diante do trono” (v. 12) retrata pessoas aguardando solenemente o pronunciamento da sentença. Nesse momento, abrem-se “livros”, no plural, e o “Livro da Vida”, porque os critérios do julgamento são basicamente dois: o constante do Livro da Vida e o constante dos livros das obras (obras boas e obras más).
Todas as pessoas já chegam ao juízo final com o seu destinho eterno decidido, porque o Livro da Vida (o Livro dos eleitos de Deus) já está escrito desde a fundação do mundo. Demais disso, todas as pessoas já vêm da ressurreição dos corpos e, por isso, de um de apenas dois lugares possíveis do Estado Intermediário: do hades, significando lugar de tormentos transitório, ou do terceiro céu ou Paraíso, lugar de bem-aventurança transitória. Seja como for, o destino eterno de todos já está decidido antes do juízo final. O versículo 15 destaca o critério do Livro da Vida como definição incontornável.
Por outro lado, todos também se submeterão ao julgamento das obras. O juízo final é descrito na passagem como sendo basicamente para os ímpios. A ênfase é a punição. Os salvos também comparecerão (Rm 14.10; 1Jo 4.17) e receberão o galardão pela graça (Lc 17.10), conforme a perseguição que sofreram (Mt 5.12; 2Co 4.17), a misericórdia que exerceram (Mt 6.1), o serviço que prestaram à igreja (Mt 10.41,42; 25.31-40) e a maneira como contribuíram à sua edificação (1Co 3.10-17; 1Pe 5.4; 2Tm 4.8).
Portanto, os salvos em Cristo não devem temer o dia do juízo (1Jo 4.17), não porque seus pecados não venham à luz naquele dia, mas porque não há condenação para aqueles que estão em Cristo Jesus (Rm 8.1). Nesse sentido, Anthony Hoekema escreveu: “As falhas e deficiências desses crentes, portanto, participarão do quadro do dia do juízo. Mas – e este é o ponto importante – os pecados e deficiências dos crentes serão revelados no juízo como pecados perdoados, cuja culpa foi totalmente coberta pelo sangue de Jesus Cristo. Por isso, os crentes não têm nada a temer acerca do juízo – embora a percepção de que eles terão de prestar contas de tudo que fizeram, disseram e pensaram, deveria ser para eles um incentivo constante para a luta diligente contra o pecado, para o serviço cristão consciente e para uma vida consagrada”.
Os descrentes também serão julgados e condenados, segundo todas as obras que praticaram (Ap 20.12,13), conforme a maneira como trataram a igreja (Mt 25.41-46; Ap 6.9-17) e porque rejeitaram o evangelho (Jo 3.36). Sobre todos os ímpios sobrevirá a morte eterna (Rm 6.23) no inferno, lugar de “fogo inextinguível” (Mt 3.12), “onde não lhes morre o verme nem o fogo se apaga” (Mc 9.48), lugar de “trevas”, “choro e ranger de dentes” (Mt 25.30), onde a ira de Deus será experimentada sem mistura (Rm 2.5,8,9; Hb 10.27-31; Ap 14.10). Os crentes, de algum modo, participarão do julgamento dos incrédulos (Mt 19.28; Lc 22.28-30; 1Co 6.2,3; Ap 3.21; 20.4).
Aqueles que não têm os seus nomes no Livro da Vida terão suas obras levadas em consideração para efeito de punição eterna (v. 12, in fine). Subentende-se, a contrario sensu, que aqueles cujos nomes estão no Livro da Vida têm suas obras avaliadas para efeito de galardão, para a devida recompensa que cada um deve receber (Mt 25.21). Haverá justiça plena e perfeita. Ninguém será punido mais do que o que realmente deve (Lc 12.47-48). O destino final dos ímpios é o lago de fogo, que corresponde ao Geena e traduz o sentido de punição eterna, que é a segunda morte.
Por fim, vale destacar que os perdidos serão julgados de acordo com a vida que levaram, com as escolhas que fizeram e com a luz que possuíram. Conforme Ferreira e Myatt anotaram: “Os que tiveram mais revelação de Deus receberão mais severo juízo. Por exemplo, em Mateus 11.21-24, Jesus revela que o destino de Cafarnaum e de Corazim será pior do que o destino de Tiro e Sidom, porque aquelas rejeitaram o testemunho de Jesus, enquanto estas não tinham essa revelação”.
No inferno, os ímpios sofrerão tormentos, dores e sofrimentos no corpo e na alma horrendos e intermináveis, tudo isso acompanhado de agonias lancinantes. Aqui reside a manifestação da ira de Deus, como Hendriksen escreveu: “O inferno é inferno porque Deus está lá, Deus em toda a sua ira… O céu é céu porque Deus está lá, Deus em todo o seu amor. É desta presença de amor que o ímpio é banido para sempre”.
Novos Céus e Nova Terra: Ap 21.1-8
Aquelas passagens do Antigo Testamento que falam de um tempo de completa restauração não se cumprem no milênio, mas no Estado Eterno. O momento e o lugar nos quais as profecias do Antigo Testamento (que pareciam ser para Israel, para se cumprirem neste mundo e neste tempo), na verdade, se cumprirão tão somente no mundo vindouro. Isso quer significar que todas aquelas profecias se cumprirão, embora não literalmente, mas verdadeira e muito mais plenamente na era vindoura eterna do que poderiam se cumprir em um reinado terreno político de mil anos.
O texto de Apocalipse 21.1-8 destaca as quatro principais características do mundo vindouro e retrata a Igreja como a cidade santa, tema desenvolvido na sequência da passagem.
(1) Tratam-se de “novos céus e nova terra” (v. 1), de uma criação renovada, sem aquelas marcas características do pecado. Essa renovação retira do mundo tudo o que foi corrompido pelo pecado. “O primeiro céu e a primeita terra passaram”; não há uma exata correspondência com o presente mundo, nem podemos achar que na era vindoura acharemos um mundo idêntico ao presente. Trata-se da “regeneração” predita por Jesus (Mt 19.28).
Os Novos Céus e a Nova Terra são “novos”, não no sentido de feitos do nada, porque refeitos a partir dos céus e terra atuais, mas são “novos”. Tal como o corpo da ressurreição, feito a partir do atual, mas diferente dele (1Co 15.35-44). É possível dizer que os presentes céus e terra são para os vindouros como a semente em relação à árvore. “O mar já não existe” retrata o mar como um inimigo da humanidade (o dilúlvio; Israel passando pelo mar ferido etc.), um mal a ser vencido. A era vindoura não conterá inimigos. Tudo é somente Terra Prometida.
Nas palavras do apóstolo Pedro, tudo serpa desfeito e todos os elementos da presente criação, incendiados (2Pe 3.10-12), por ocasião da vinda do Senhor. A presente ordem, nesse dia, simplesmente desaparecerá. A criação já não mais gemerá por estar sujeita ao pecado (Rm 8.19-22). Liberta será do cativeiro.
(2) A Igreja, habitante dos Novos Céus e Nova Terra no Estado Eterno, é apresentada como a “cidade santa, a nova Jerusalém, “ataviada como noiva adornada para o seu esposo” (v. 2). Já no Antigo Testamento, a Igreja é representada por uma cidade (Is 26.1; Sl 46, 48). No Novo Tetamento, essa forma de referir-se à Igreja está igualmente presente (Gl 4.26; Hb 12.22, 23). Outro modo bíblico comum de fazer menção à Igreja é retratá-la como uma noiva (Is 54.5; Ef 5.32). A Igreja, portanto, é “nova”, em contra ponto à Palestina; é “santa”, porque foi lavada no sangue do Cordeiro e inteiramente liberta da presença do pecado; é uma “noiva adornada” pela justiça de Cristo; e desce da parte de Deus porque é uma nova criação de Deus, em Cristo (2Co 5.17; Ef 2.10).
(3) Na era vindoura céus e terra se tornam um único lugar (v. 3). Atualmente estão separados. A terra é física, o céu é espiritual; a terra é dos homens, o céu é de Deus; o céu é o trono de Deus; a terra é o estrado dos seus pés. Esses “mundos”, na presente era, não têm passagem franca de um para o outro. Os crentes vão ao céu somente pela morte e os crentes mortos não retornam do céu à terra. Essas realidades se tornaram especialmente separadas pela Queda, mas uma vez que os efeitos da Queda e do pecado estiverem abolidos, elas voltam a se unir de uma forma que sequer existia antes do Pecado Original.
A partir do capítulo 21, portanto, céus e terras estão juntos. A partir de então, já não se fala só de terra, nem só de céu, mas “novos céus e nova terra”. “Eis o tabernáculo de Deus com os homens”. Na eternidade, a habitação de Deus e a dos homens se fundem, de modo que Deus estará com os homens eternamente, cumprindo o princípio original do Imanuel, do “Deus conosco”, que não pode ser cumprido sequer no Éden, porque o homem não havia ainda passado pelo teste probatório. No Éden Deus se fazia presente ao visitar o jardim na viração do dia, somente. Mas o que Deus sempre quis foi fazer do lugar da sua habitação a habitação dos homens (vide o caso de Enoque), por isso a partir da Queda Ele deu início à história da redenção, levando à consecução a missão Imanuel (prefigurada no Tabernáculo de Moisés e Templo de Salomão), cumprida plenamente em Cristo. É dizer, Deus nunca tinha habitado com homem totalmente. Isso só aconcerá nos novos céus e nova terra.
(4) Novos céus e nova terra são um lugar de conforto (vs. 4, 5). Embora a maior das bênçãos da eternidade seja a comunhão eterna com o Deus Trindade, outras naturalmente advirão. João ouve algumas, quais sejam: não haverá mais lágrimas (7.17), nem morte (1Co 15.26), nem luto, nem pranto (Is 25.8; Is 35.10; Is 51.11), nem dor (7.16). Não haverá infelicidade, nem pela memória das coisas passadas, porque Deus fará novas todas as coisas. É um lugar de pleno conforto e consolo.
(5) Não haverá possibilidade de esse mundo vidouro vir a conhecer novamente o pecado e seus efeitos (vs. 6-8). “Tudo está feito”. Tudo será definitivo. Nesse lugar não se poderá jamais cair, pecar. Há uma garantia de permanência do estado restaurado. O futuro é certo pelo que Deus é.
A esposa do Cordeiro, a santa cidade, Jerusalém: Ap 21.9-27; 22.1-5
Em Apocalipse 21.9 e seguintes, a Igreja, “a noiva, a esposa do Cordeiro”, é mais clara e extensamente apresentada como a “santa cidade, Jerusalem”. João é transportado a uma montanha grande e alta, em espírito (1.10; 17.3), por um dos sete anjos que tinham as sete taças (17.1). Ele é convidado a ver a esposa do Cordeiro, quando somos informados que ele vê a grande cidade. Por óbvio, a esposa é a cidade, conforme já comentamos.
João descreve a beleza da “cidade” em termos de pedras preciosas. O brilho da “nova Jerusalém” era como brilho de jaspe cristalina. A sua comunhão com Deus é de tal modo impressionante que ela refletirá a pureza e santidade divinas. A “cidade” eterna é descrita do seguinte modo:
(1) Ela é um cubo medindo 12.000 estádios de largura, 12.000 estádios de comprimento e 12.000 estádios de altura. Pensando nestes números em termos de quilômetros (2.200 de altura, largura e comprimento), nada significaria. Mas Hendriksen sugere que as dimensões são “o resultado pleno do poder salvador do Deus Trino (3) operando no universo (4)”.
(2) O muro da cidade media cento e quarenta e quatro côvados (cerca de 65 metros). Obviamente simbólico, o número 144 para o muro, que não sabemos se se trata da largura ou da altura, representa a inabalével comunhão de toda a igreja (o número total dos eleitos) com seu Deus.
(3) Esse muro tem doze fundamentos, adornados com doze pedras preciosas e tendo os nomes dos doze apóstolos do Cordeiro. Com grande probabilidade, a doutrina dos apóstolos, como o alicerce da igreja (Ef 2.20), cuja pedra principal é o Senhor Jesus (1Co 3.9), é aqui lindamente representada. A pregação certamente revela a multiforme graça de Deus, simbolizada pela diversidade de pedras preciosas.
(4) O muro alto e grande continha doze portas, contendo sobre elas os nomes das doze tribos de Israel. Cada porta é uma pérola. É provável que as portas que sempre ficam abertas simbolizem o sempre acessível caminho à comunhão com Deus. Os anjos, um em cada porta, implica dizer que nesta comunhão não entrará nada de abominável. A comunhão preciosa e eterna com Deus só estará acessível aos redimidos. Os impuros de toda sorte permanecerão fora!
(5) A cidade não possui santuário. O seu santuário é o Senhor Deus Todo-Poderoso e o Cordeiro. Ou seja, a comunhão com Deus é de tal modo direta que se dispensa meios para que ela aconteça. Tampouco precisa do sol ou da lua (Is 60.19), porquanto o Cordeiro, que é a lâmpada, reflete a luz da glória de Deus.
(6) A nova Jerusalém, ainda, tem avenidas de ouro. O rio da vida está ali, claro como o cristal, correndo no meio de cada avenida. A árvore da vida, ou talvez as árvores da vida estão em uma margem e noutra do rio. O que nos apresenta aqui é a imagem de um belíssimo jardim, que pode, com toda a probabilidade, simbolizar a vida superabundante, resultado da salvação de Deus, em Cristo, mormente se notarmos que a palavra “árvore” da vida é literalmente “madeira”, vocábulo usado para referir-se à cruz de Cristo. É de Hendriksen estas palavras: “A cidade, então, simboliza uma grande multidão; isso sugere muitas necessidades e desejos, uma grande „exigência‟. De onde vem o suprimento? O jardim simboliza suprimento em abundância (…)”.
(7) O Trono de Deus e do Cordeiro estarão na cidade. Ali só haverá aqueles que servem a Deus e ao Cordeiro. São estes que têm prazer no governo de Deus, que hoje confessam a Cristo como o seu Senhor e são reconhecidos como dEle, por isso têm o nome de Cristo em suas frontes.